terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Minha lista de filmes de 2008

Este ano foram tantos, que a lista pulou de 5 para 10. A contagem é regressiva.  

10. Piaf - Um Hino ao Amor (La Môme; França / República Tcheca / Inglaterra; 2007)

9. Feliz Natal (Feliz Natal; Brasil; 2008)

8. Antes que o Diabo Saiba que Você está Morto (Before Devil Knows You're Dead; Estados Unidos; 2007)

7. Desejo e Reparação (Atonement; Inglaterra; 2007)

6. Onde os Fracos Não Têm Vez (No Country for Old Man; Estados Unidos; 2007)

5. Wall-E (Wall-E; Estados Unidos; 2008)

4. Sangue Negro (There Will Be Blood; Estados Unidos; 2007)

3. O Escafandro e a Borboleta (Le Scaphandre el le Papillon; França / Estados Unidos; 2007)

2. Na Natureza Selvagem (Into the Wild; Estados Unidos; 2007)

1. Sinédoque, Nova Iorque (Synecdoche, New York; Estados Unidos; 2008)

Fatos que valem ser lembrados:
  • Penelope Cruz e sua fala em Vick Cristina Barcelona: "Vodka"
  • Charlie Kaufman e sua estréia na Direção em Sinédoque, Nova Iorque
  • Daniel Day-Lewis e a cena final de Sangue Negro
  • O plano-seqüência na praia em Desejo e Reparação
  • Marrion Cotillard e sua atuação na cena em que reencontraria seu amante, em Piaf

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

We've got Film Festival!

A minha semana de carnaval chegou! Meu carnaval fora de época é em outubro! Na verdade, a minha semana de carnaval dura duas semanas! Sim: 32a Mostra de Cinema de São Paulo! 

Sexta-feira: O Casamento de Rachel (Rachel Getting Married). 

Posso comparar meu começo de Mostra como o longo trânsito das estradas na sexta-feira pré-feriado de carnaval: é cansativo mas não ficamos tristes porque ainda temos um longo feriado pela frente. O primeiro motivo que me leva à comparação é mais óbvio: uma hora e meia (quase duas) de Barueri até a Paulista; mas como todo paulistano, já estou acostumado. O segundo é relacionado ao filme: a idéia por parte do diretor Jonathan Demme de filmar com a câmera na mão para dar ao filme o ar de vídeo caseiro é bastante interessante...até os primeiros 40 minutos. Depois disso o filme se torna cansativo e parece só ficar interessante novamente nos minutos finais. Chegando a mais ou menos 1 hora e meia, eu meio que me perguntava no meio de tantas cenas que pareciam apenas estar ali para o filme ser considerado longa-metragem: mas a que eu estou assistindo mesmo? Lembrei: à história de uma menina ex-viciada que volta para casa para participar do casamento de sua irmã, a tal Rachel. E a comparação? Sabe quando você está no começo da serra e pensa: acho que esse trânsito não vai durar até o final? Mas quando você está no meio você percebe que a sua ida à praia será mais lenta do que imaginava e você quer voltar. Não que eu quisesse desistir da história de Kim no meio, mas que eu queria que acabasse logo...isso eu queria. 
Um trunfo do filme e que talvez evite que ele caia no total marasmo é definitivamente a personagem principal  e a atriz que a interpreta, Anne Hathaway. No início tudo parece conspirar para mais um filme sobre uma rebelde sem causa, cujos pais divorciados são para ela a desculpa para o vício. Com o passar das cenas, porém, descobrimos que ela não só tem uma causa para estar do jeito que está como também ficamos pensando como seria a nossa vida se nos tivesse acontecido a tragédia que aconteceu com ela. Além disso, ela está longe de odiar a família. É amada pelo pai, pela irmã (e talvez pela mãe) e os ama também. O conflito principal está no fato de por amá-los tanto, existe o medo (e consequente policiamento) constante por parte dela própria de destrui-los (a cena em que todos estão na cozinha disputando quem carrega a máquina de lavar mais rápido exemplifica o poder que a ela acredita ter em destruir sua família).
Mas o filme não seria nada sem uma trilha-sonora. Mas como trazer para o universo diegético (meu curso de cinema está valendo a pena) algo que na maioria das vezes é extra-diegético? Simples: ponha a banda que vai tocar no casamento nas sequências dentro da casa. Não tão simples: para quebrar o cansaço que o som do violino causa durante o filme, escreva para a personagem principal a seguinte fala - "Eles vão ficar tocando o fim-de-semana inteiro?".
Essa tenha sido talvez a frase mais cômica e propícia para um filme duro como este (acredito que toda a platéia naquele momento queria que aquele violino parasse). Mas o cansaço chega e quando chega, você não vê a hora de chegar na praia. E como para descansar, o diretor coloca na cena final (mais precisamente nos créditos), a cena melancólica de uma Rachel apreciando a banda que ainda toca...(eu fiquei até o final dos créditos esperando que ela gritasse "Shut up!" - (in)felizmente isso não aconteceu).

Sábado: Leonera (Leonera).
Cheguei à praia; e ela fica no Cine Bombril novamente! Sem ter lido alguma crítica sobre o filme argentino, a única informação que tinha era que...enfim...ele era argentino. OK! Estamos numa mostra, mas precisa ter fotógrafo? Aparentemente sim. Mas espera...pessoas de pé na sala? Sim! Mas que falta de organização! Não. Os ilustres convidados e para quem câmeras apontavam eram nada mais nada menos que o diretor argentino Pablo Trapero e a atriz que interpreta a protagonista, Martina Gusman. Grata surpresa! Entre alguns "Buenas Noches!" y "Yo no hablo portugués pero un poco portuñol", a simpática atriz e seu marido diretor dão as boas-vindas à platéia que veio apreciar Leonera.
Confesso que não sou fã do cinema argentino! Mas se não fui fã ferferoso de Leonera, pelo menos "la película me hizo cambiar algunos de mis conceptos". Como o diretor explicou no debate a origem do nome, a palavra "leonera" assume dois sentidos: o primeiro como sendo o lugar de "madres leonas", aquelas protetoras (como devem ser as mães que tem que criar seus filhos nas prisões); o segundo, como o lugar onde as mulheres presas esperam para falar com seus familiares na prisão (um local de transição - como aquela pela qual a personagem passa).
O mérito desse filme, além da ótima interpretação de Martina como uma presidiária que dá a luz um filho do homem que talvez tenha matado, está no roteiro que deixa muitas questões em aberto. Agumas delas: existe uma relação de amor entre ela e seu filho ou seria apenas interesse por parte da mãe em ficar em uma parte da penitenciária supostamente melhor? Ela amaria a outra presidiária ou apenas tira dessa relação a vantagem de ter alguém para cuidar de seu filho?
A ótima não obviedade do roteiro só perde para a excelente obviedade do diretor quando, no debate pós-filme, responde a uma pergunta feita por um fã-espectador sobre seus diretores favoritos: Pablo gosta dos diretores dos quais a maioria cinéfila gosta...quanto aos outros bem menos conhecidos, "no vale la pena mencionarlos".

Domingo: Sonata de Tokio (Tokyo Sonata)
Foi difícil, mas valeu a pena. Alguns milhares de torcedores do Palmeiras e algumas dezenas de policiais depois, eu cheguei ao cinema. Poderia aqui filosofar sobre todas as tribos que compõem a nossa paulicéia, mas como escritor eu sou um ótimo degustador de pizza, vou fazer como o diretor Kiyoshi Kurosawa e deixar os clichês de lado.
Como o fim de carnaval melancólico, meu domingo chegou ao fim com a cena memorável de um garoto tocando piano em um salão onde adultos o admiravam. O silêncio da platéia que ocupava o mesmo espaço-tempo que o garato foi interrompido pelos aplausos da platéia que o admirava a milhares de quilômetros e a meses de distância, platéia da qual eu fazia parte. Não bati palmas: talvez pelo fato de no momento ainda digerir o que havia acabado de assistir; talvez pela melancolia do fim da sessão.
Andando pela rua, ouvindo o som da torcida que vinha do estádio, a melancolia foi substituída pela sensação de um carnaval ainda não terminado, porque mesmo que a data oficial do fim do carnaval seja a quarta-feira de cinzas, o brasileiro só volta à realidade na segunda-feira da semana seguinte, depois do Fantástico. O meu carnaval, para a minha alegria, só termina daqui duas semanas.

Próxima sexta-feira: Queime Depois de Ler (Burn After Reading).

Notícias que irão mudar a sua forma de ver o mundo

Inaugurando novo marcador de postagem...



E o gato com cara de "vocês-não-tem-nenhum-assunto-mais-não?!"

sábado, 13 de setembro de 2008

Sobre Ensaio Sobre a Cegueira

Depois de "Sangue Negro", "Ensaio Sobre a Cegueira" era o filme que eu mais aguardava esse ano. Minhas (altas) expectativas aumentaram quando anunciaram que, além de ser o filme de abertura, Blindness ainda concorreria ao prêmio máximo do Festival de Cannes.
Depois da exibição, a crítica internacional se dividiu e já era de se esperar que o filme não levaria o prêmio. Na mesma cidade de Cannes, o diretor Fernando Meirelles diria em entrevista que estava mais ansioso em mostrar ao autor do livro, o vencedor do Prêmio Nobel de Literatura por Memorial do Convento, José Saramago, que no festival.
Segundo o próprio Meirelles, a avaliação de Saramago sobre o filme foi positiva e a minha expectativa decolou. Mas o diretor teve que contrariar em parte a opinião de Saramago. Um dos principais alvos da crítica foi a narração em off feita feita durante boa parte do filme quando este foi exibido em Cannes. Fernando consultou e Saramago opinou pró narração em off.
Depois de ver o filme opino: Fernando acertou em ter só deixado alguns minutos com narração. Imagino que o filme inteiramente narrado ficaria muito didático, como quase ficou o final, chegando a lembrar um avô contando uma historinha para o neto.
Não quero comparar aqui o livro com o filme, uma vez que o li já faz anos e não lembrava de muitas coisas quando assisti ao filme. Algo me deixou incomodado, porém, foi a relativa limpeza da cidade em relação ao que tinha em mente na época em que li a obra. Apesar disso, ver vários pontos conhecidos da cidade de São Paulo com lixo e pessoas vagando por todos os lados foi uma experiência e tanto! Estão lá o então viaduto/cartão postal não acabado da Berrini; o teatro municipal, o elevado Costa e Silva.
E quanto a filmagem que presenciei na Avenida Paulista há um ano? A cena estava lá, não durou um minuto sequer, mas só de lembrar a confusão que se formou para filmar uma cena tão curta, percebo que realizar um filme deste porte não é trabalho para qualquer um; então deixo aqui meu agradecimento: Obrigado, Fernando!
"Ensaio Sobre a Cegueira" é um filme nada didático, assim como o livro não o é, e o diretor se recusou a chamar a platéia de ignorante mesmo em uma produção deste porte em que retorno financeiro é esperado e que, supostamente para a platéia ficar satisfeita, tudo deve ser bem explicado, esmiuçado, com seu começo, meio e fim. É verdade que escutei assim que saí da exibição alguém falando: "E acabaram não explicando da onde veio essa cegueira". Se conhecesse a pessoa, minha resposta seria: "Metáforas não têm explicação; se tivessem, não seriam metáforas". Mas entre me passar por chato às 2:30 da manhã ainda mais com alguém que não conheço e voltar pra casa e dormir, fiquei com a segunda opção.
Fernando soube transpor em imagens aquilo que se imagina de uma cegueira branca: desfocava a câmera nos momentos certos, os "fades" eram em sua maioria brancos (ao invés do preto habitual); uma cena muito bem fotografada do encontro do casal oriental na área de isolamento; ótimas interpretações principalmente de Julianne Moore e Mark Ruffalo. 
A discussão religiosa ficou em segundo plano: a semelhança semântica entre agnosia (doença cujo portador perde a capacidade de reconhecer objetos visualmente) e agnosticismo (doutrina que declara o espírito humano incompetente de conhecer o absoluto) é citada em diálogo rápido entre os personagens de Ruffalo e Moore no começo do filme; os cegos discutindo por que teriam vendado as imagens de santo vistas pela mulher do médico na igreja. Tudo rápido como deveria ser, uma vez que esta, pelo menos na minha visão (com o perdão do trocadilho), não é a vertente principal do livro.
Acho difícil, mas seria muito bom se Meirelles filmasse "Ensaio Sobre a Lucidez" e que voltássemos a ver a personagem de Moore.

sábado, 26 de julho de 2008

"Aqui a Natureza é Estrela"

Com este slogan, o publicitário Leo Carbonell da agência capixaba MP Publicidade colocou as frutas e verduras em eviência na campanha da Hortifruti. A campanha é veiculada no Rio de Janeiro.



domingo, 20 de julho de 2008

O filme é dele

A crítica internacional já avisava: a última interpretação de Heath Ledger era digna de Oscar. Eu, porém, fico sempre meio na dúvida para tudo que é unanimidade. Esperei então para ler a crítica nacional que não costumam fazer tanto alarde em suas opiniões. Esperava comentários do tipo: "ótima interpretação, mas vamos com calma...".
Contrariando minhas expectativas, vieram as 4 estrelas da Folha de São Paulo (de uma escala que vai de "bolinha", até as 4 estrelas). Li algumas outras críticas, todas elogiando o filme e mais ainda a interpretação de Ledger. Percebi então que tanto a qualidade da interpretação do ator como a da direção de Christopher Nolan eram incontestáveis. Neste momento já havia comprado o ingresso pela internet para a mesma noite (sexta-feira).
E será que um sucesso incontestável da crítica poderia se tornar um sucesso incontestável também de público? Resposta: sem dúvida! O segundo filme do Homem-Morcego da era "dark" da franquia desbancou a terceira parte da trilogia do Homem-Aranha em arrecadação no fim de semana de estréia. Segundo Time Warner Inc., estúdio responsável pelo filme, nos três primeiros dias em que esteve em cartaz nos cinemas, "O Cavaleiro das Trevas" arrecadou cerca de US$ 155,3 milhões em ingressos vendidos nos Estados Unidos e no Canadá. Para se ter uma idéia do sucesso do filme nas bilheterias americanas, o segundo lugar da lista ficou com o musical Mamma Mia!, com US$ 27 milhões, que, digamos, apesar de longe do primeiro lugar, está também bem distante de ser um fracasso.
E quanto ao filme? Talvez o principal adjetivo para caracterizá-lo seja: tenso! E quanto ao Coringa de Ledger? Insano, sádico, anárquico e mau sem causa...apenas mau, ou como disse o mordomo Alfred interpretado por Michael Caine, às vezes as pessoas só querem "ver o circo pegar fogo".
É interessante ver como dois ótimos atores podem ter visões bem diferentes sobre o mesmo personagem. Jack Nicholson com o Batman de Tim Burton era um personagem mais "light". Já o Coringa de Ledger deixa o espectador em estado de alerta cada vez que está em cena, ou cada vez que se escuta sua risada.
E depois de assitir ao filme, acho difícil algum crítico levantar a sobrancelha sobre a qualidade da interpretação de Ledger.

quarta-feira, 9 de julho de 2008

Lixo da mais alta qualidade


A Pixar se superou mais uma vez! Confesso: apesar de cinéfilo, não sou grande fã de animações, mas a produtora parceira/não parceira/parceira da Disney criaram talvez a personagem/criatura mais simpática de suas animações: Wall-e.
Esta provavelmente seja a animação menos voltada para crianças feita pela parceria. Um longa quase sem diálogos (sendo que grande parte das palavras pronunciadas é "Wall-e"), cujo cenário durante pelo menos os 15 minutos iniciais é uma Terra devastada, com prédios (no sentido literal da palavra) de lixo e ainda com citações a filmes antigos (já vou falar sobre isso) não são necessariamente chamativos para a criançada. Mas é a grande sacada da Pixar: não subestimar o público infanto juvenil e lembrar que quem leva esta galerinha ao cinema são os pais que também querem que os R$19,00 que pagaram (como cinema está caro!) valham a pena.
E quanto as referências?...Essas com certeza foram feitas para os adultos e mais precisamente para os cinéfilos; e para a felicidade deste que vos fala, a mais gritante dela: 2001, Uma Odisséia no Espaço. A música emblemática do filme está presente: A Cavalgada das Valkirias, de Richard Wagner (clássico). Outra referência? Ressucitaram o não menos clássico computador de bordo HAL (e não é que ele "revive" o personagem?)
Mas calma: as crianças também podem assistir ao robozinho! O filme está longe de ser cabeça, apesar das referências. Aliás, Wall-E funciona como Chaplin para crianças: engraçado, ingênuo e a lata velha mais simpática feita pelo e para o cinema!

sexta-feira, 23 de maio de 2008

quarta-feira, 14 de maio de 2008

Estou viciado: preciso de Terapia!


Ficar assistindo a uma conversa entre duas pessoas durante um pouco mais de 20 minutos é um saco, não?! Sim...ou melhor...não quando se trata de uma série da HBO. In Treatment (Em Terapia) estreou esta semana na HBO Brasil e o que poderia ser uma chatice se transformou em uma das séries mais viciantes da TV (LOST é um caso à parte). É a primeira série do canal a ter episódios diários inéditos.

A idéia é muito simples: cada dia da semana tem como protagonista um paciente (Laura, Alex, Sophie e o casal Jake e Amy), sendo que na sexta-feira é dia do próprio terapeuta Paul Weston ir falar dos seus problemas (que se confundem com os problemas dos seus pacientes) com a terapeuta aposentada Gina. O episódio nada mais é que a própria sessão de terapia de cada paciente. Não há cenas externas, não há grandes mistérios; apenas excelentes diálogos muito bem interpretados.

A quem interessar, os episódios, ou melhor, as sessões vão ao ar de segunda a sexta 20:30 na HBO 1 e 23:30 na HBO 2.

sábado, 3 de maio de 2008

segunda-feira, 21 de abril de 2008

Filmes do Feriado.

Bom pessoal. O post sobre a parte final de Not Dead...Yet estava pronto, mas houve um problema de upload no Youtube e eu vou ter que dividi-lo em duas partes, o que só farei na próxima semana.
Enquanto isso, deixo algumas dicas de filmes, os 4 a que assisti neste feriado bem "maomeno".
  • Hora de Voltar (Garden State, Estados Unidos, 2004): estréia de Zach Braff (da série de TV Scrubs) na direção. O filme tem uma ótima trilha sonora, ótimos momentos cômicos, mas o final deixa (talvez muito) a desejar. O filme consegue ficar entre a classificação "Sessão da Tarde" e "bom filme independente americano".

  • Paradise Now (Paradise Now, França / Alemanha / Israel / Holanda, 2005): ganhador do Globo de Ouro de melhor filme estrangeiro e indicado ao Oscar na mesma categoria, conta a história de dois amigos recrutados para realizar um atentado. Um bom roteiro, mas a discussão principal do filme aparece meio fora de hora, talvez um pouco apressada.

  • Despedida em Las Vegas (Leaving Las Vegas, Estados Unidos, 1995): filme que deu a Nicolas Cage o Oscar de melhor ator, conta a trajetória de um roteirista alcóolatra que decide se matar em Las Vegas. O filme vale mais pelas interpretações que pelo roteiro, mas não deixa de ser um ótimo filme.

  • Cidade dos Sonhos (Mulholland Drive, Estados Unidos, 2001): esse sim você precisa assistir ao final para entender, ou talvez para não entender nada, dependendo do ponto de vista. Lynch é sempre um diretor fora do convencional. Antes de partir para o total non sense de Império dos Sonhos (Inland Empire) de 2006, ele teve que fazer um filme que até certo ponto faz sentido e nos 20 minutos finais deixa quem o assiste com aquela cara de "que p**** é essa?". Mas confie em quem já assistiu os dois filmes: esse é bem mais fácil de compreender algo do que Império dos Sonhos, filme sobre o qual até agora não tirei nenhuma conclusão.

Abraços a todos!

domingo, 20 de abril de 2008

Quase pronto!


Fazia tempo que não postava, mas há um bom motivo. Estava terminando de gravar e editar a segunda parte (e final) de "Vivo...Ainda", e a imagem aí em cima é um quadro que compõe os quase 20 minutos de curta.
No começo pensava em dividi-lo em dois curtas, mas como pretendo partir para outras histórias o mais rápido possível (aliás já estou escrevendo um novo roteiro), optei por juntar os dois e fazer do final de Not Dead...Yet uma seqüência maior.
Como desta vez o filme é falado em português, estou terminando de legendá-lo para fazer o upload no Youtube.

Abraços a todos e até o próximo post com a parte final de Vivo...Ainda.

segunda-feira, 17 de março de 2008

É brega mas é verdade!

Estou de volta ao Brasil. E como última postagem sobre a viagem, coloco um comercial que vi nos últimos dias do tour pela Europa. Sim, é meio "Use filtro Solar", mas é verdade. Sim, é um comercial da Louis Vuitton mas é bom. A tradução segue abaixo.

O que é uma jornada? Uma jornada não é uma viagem. Não são férias. É um processo. É um descobrimento. É um processo de auto-descobrimento. Uma jornada nos deixa cara-a-cara com nós mesmos. Uma jornada não apenas nos mostra o mundo, mas como nos posicionamos nele. Uma pessoa cria uma jornada ou a jornada cria uma pessoa? A jornada é a própria vida. Onde a vida o levará?

segunda-feira, 10 de março de 2008

Roma e o dia mais zicado da viagem!


Pessoal.

Vi o Coliseu. Vi o Foro Romano. Via a Fonte de Trevi. Fui ao Vaticano. Vi o Papa (mesmo que a anos luz de distancia). Encontrei um grupo de freiras brasileiras e nos empolgamos quando o Papa falou em portugues. Roma e a cidade mais bonita que visitei e a mais cheia de turistas tambem. Mas nada vai me fazer esquecer o dia zicado que tive hoje.
Sai do hotel e estava chovendo. Eu ja deveria ter percebido que o dia nao ia ser la essas coisas. Estava indo para a Capela Cistina debaixo de um temporal. Quando cheguei la comecou a chover ainda mais forte e decidi entao ir comprar a camiseta do Milan que o meu cunhado pediu (Jr., depois do que eu passei para comprar essa camiseta voce vai ter que usa-la todos os dias). Depois de procurar a loja por pelo menos 20 minutos debaixo de chuva, comprei a camiseta. Quando sai da loja, levei uma jatada de agua de um carro que "rasgava" pela rua. Nao gritei, mas fechei o olho e mandei aquele "va fan culo" com a boca mais cheia que qualquer outra vez que falei esta frase em portugues. Passei novamente pela fonte de Trevi e a chuva era tanta que nao sabia se a agua que estava la era da chuva ou era da fonte. Estava voltando para o hotel quando a chuva parou. Fui entao tentar ir a Capela Novamente. A fila dava volta no quarteirao e demorava mais de duas horas. Esperei 30 minutos quando a chuva voltou e eu desisti. Voltei para o hotel. Peguei o metro, o trem e o onibus (esperei 40 minutos pelo onibus). Cheguei no hotel e passei mais 40 minutos secando a calca com um secador.

Amanha vou para Barcelona.
Abracos a todos!!!

PS: a foto acima foi tirada ontem.

quinta-feira, 6 de março de 2008

Deixando Praga!

Sim, das cidades que visitei ate agora, sem duvida Praga e a mais bonita...e sem duvida a mais barata. Acabei de voltar do mercado para comprar algumas coisas para comer. Duas bebidas e dois pacotes de salgadinho: 4 euros. Se voce nao converter para real, vera como e barato. Outra coisa: como tem italiano aqui nessa cidade...e como eles falam alto (mais que voce, tia). Mas acima de tudo, Praga e uma cidade fria, muito fria (Cassia, fala para o Mauro que eu procurei, procurei...mas nao consegui achar a "primavera de praga"). Ontem percebi que quando voce esta com frio, mas muito frio mesmo, voce nao consegue pensar direito...verdade. E o queixo congela e voce tambem nao consegue nem falar direito. Mas hoje o clima "esquentou" e ja deve estar proximo de zero grau.
Amanha parto para Roma. Pelo menos la eu sei falar "bon giorno" porque aqui nem o "oi" (que deve ser uma palavra gigante a julgar por todas as outras) eu aprendi.
Hoje sim: ABRACOS A TODOS!!!

quarta-feira, 5 de março de 2008

Neve!

Oi, Povo!

Frio, muito frio. Aqui em Praga neva ao meio dia. Sim...neve! Eu vi! Alias, ainda estou vendo. Nao e aquela neve de dois metros na rua, mas da para cobrir pelo menos os carros. Minha boca congelou: na gravacao voces vao ver que eu nao consigo falar direito. E eu nao lembrava onde eu estava. Por incrivel que pareca foi por causa do frio e nao pela Absinto que nao tomei. Alias, o que tem de absinto por aqui e o mesmo que tem de "chocolate" em Amsterda. Aqui tambem to sem foto porque a unica porta USB que estou usando e para recarregar meu Ipod. E a internet aqui e de graca e ja tem gente me olhando com cara feia para eu largar o PC.
Abracos a todos, ou melhor, so um sorriso, porque eu nao tiro a mao de dentro do bolso por nada hoje.

segunda-feira, 3 de março de 2008

I AMsterdam!!!

Oi, Povo.

Aqui nao tem foto porque nao tem porta USB para eu descarregá-las. Em Amsterdam há três coisas para se lembrar. A primeira: no Red Light District, a profissao mais antiga do mundo é também a mais comum (e as mulheres ficam no mostruário). Quem vai a um "Coffee Shop" nao procura café propriamente dito. Digamos que eles "só querem chocolate". E aqui tem a melhor batata frita do mundo e muita Heineken. Obrigado Vi pelo tour em Roterdan e pelas Heinekens de ontem.
Amanha parto para Praga.
Abracos a todos!!!!

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

Auf Wiedersehen, Berlin!


Se hoje nao posso dizer que foi o dia mais legal da viagem, com certeza foi o mais interessante. Fui a um antigo campo de concentracao com um grupo de turistas. A foto acima é da entrada do campo de concentracao ("O Trabalho Liberta"). Muitas histórias interessantes e ao mesmo tempo tristes. Deixo para contá-las quando voltar ao Brasil. Amanha estou em Amsterdam.
ABRACOS A TODOS!

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

Onde está o Salomao?

Estou no meio do povo! Este talvez tenha sido o melhor dia da viagem.

Abracos!

terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Regen, Wind aber keine Schnee...

Minhas aulas de alemao serviram para alguma coisa. Depois de um dia meio quase que perdido ontem em Köln (onde só havia uma catedral para visitar), o dia foi bem agitado hoje aqui em Berlim. Quase que durmo na rua ontem, mas ok...longa história. Essa foto acabei de tirar no Portao de Branderburgo. Berlim é uma cidade bastante organizada, apesar de eu ainda nao ter entendido muito bem o metrô daqui. Hoje chouveu, ventou mais ainda, mas ainda nao teve neve (título do post). Mas sem dúvida, foi o dia em que eu mais senti frio. Amanha vou a um antigo campo de concentracao e de noite ja encontrei num guia um tal de PUB CRAWL. Com 12 reais, tenho cerveja e vodka de graca. Entao nao esperem posts meus nos proximos dias...hehehe
Abracos a todos aí no Brasil!

domingo, 24 de fevereiro de 2008

Au revoir, Paris!!!


Amanha vou embora de Paris. Amanha passarei por Colonia. Ontem encontrei minha amiga de faculdade. Ontem jantamos eu, ela e o noivo dela... e comi escargo. Hoje conheci Versailles. Hoje vou dormir cedo porque o trem que me levara a Berlim parte as 7:00. Hoje e sempre vou sentir saudades de Paris...
Abraços a todos, obrigado pelos comentarios e provavelmente escrevo novamente na terça de noite!!!

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Constataçoes e dicas do segundo dia de viagem!


  1. Em Paris, nao confunda estacionamento subterraneo com metro. Experiencia propria.
  2. Os franceses realmente falam "bon apetit"!
  3. Nao de uma cotovelada em uma criança na fila da Torre Eiffel, mesmo que seja sem querer.
  4. achei um bar!!!!
  5. Depois de uma Heiniken, eu consigo falar Frances!
  6. Os franceses acham, que eu entendo de Futebol...
  7. ...os americanos e os Noruegueses tambem.
  8. Os franceses entendem mais de futebol que eu...
  9. ...os americanos e os noruegueses tb.
  10. Andei uns 30 km hoje.
  11. Vi a Monalisa!
  12. Aqui tambem tem brasilero!
  13. To chique: me confundiram com um frances.

Abraços a todos no Brasil e obrigado pelos comentarios!

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Constataçoes do primeiro dia de viagem!


  1. Os franceses sao legais.
  2. O teclado aqui é diferente, por isso nao estou colocando o til nas palavras
  3. Sortie ou é saida ou alguma estaçao central do metro, porque em todo lugar do metro esta escrito sortie
  4. Ja manjei o metro aqui. Acho que da para chegar em sao paulo com ele
  5. Champs Elysée = Campos Eliseos?
  6. A Zona Norte persegue. Estou do lado dq estaçao do metro Crimée. Espero que a traduçao nao seja a que estou pensando.
  7. A porta do metro é manual para abrir. alguem percebeu que eu nao sabia qdo eu comecei a pular na frente da porta para ver se abria.
  8. Aqui nao se bebe cerveja e nao se encontra um barzinho sequer.

Abraços a todos!

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Férias!

Este blogueiro está saindo de férias, mas o blog (provavelmente) não. Tentarei deixar entre o período de 20 de fevereiro a 20 de março algumas fotos da viagem.

Abraços a todos!

sábado, 16 de fevereiro de 2008

This Will Be Classic


Poucas palavras...
  • Orson Welles, Cidadão Kane (1941)
  • Ingmar Bergman, Morangos Silvestres (1957)
  • Federico Fellini, Oito e Meio (1963)
  • Stanley Kubrick, 2001: Uma Odisséia no Espaço (1968)
  • Fracis Ford Coppola, O Poderoso Chefão 2 (1974)
  • Paul Thomas Anderson, Sangue Negro (2006)

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

Programe-se para Fevereiro

A greve dos roteiristas, que parece estar chegando ao fim, prejudicou a produção de quase todas as séries. Mas, mesmo assim, foi possível gravar alguns episódios no ano passado antes que a greve começasse. Nos Estados Unidos, as novas temporadas estão paradas justamente pela greve. Aqui no Brasil, algumas delas começam a ser exibidas em fevereiro.
The WGA strike, which seems to be reaching an end, caused the interruption of almost all series. Nonetheless, it was still possible to shoot some episodes last year before the strike begun. In The U.S., the new seasons are not being broadcasted due to the strike. Here in Brazil, some of them start on February.

1. Damages: Estréia (Terça 12/02 - 21h - AXN). Esta série com Glenn Close talvez seja a série nova mais aguardada. Os críticos pelo menos adoram.


2. Grey's Anatomy: 4a Temporada (Segunda - 11/02 - 22:00 - Sony) Agora eles não são mais internos. Quer dizer, apenas o George "O-Mala" é. E a Sandra-Oh está cada vez melhor como a "New-Nazi".


3. Desperate Housewives: 4a Temporada (Quarta - 13/02 - 22:00 - Sony). A série nunca mais teve o prestígio da primeira temporada, mas ainda dá audiência nos EUA.


sábado, 2 de fevereiro de 2008

In the City of Blinding Lights

Esta foto da Avenida Paulista tirei quando o sábado de carnaval estava amanhecendo e eu saindo do Noitão do Belas Artes. Os filmes comento depois. Por enquanto, apenas apreciem a vista e se quiserem, a música abaixo.
I took this picture from Paulista Av. when the sun was rising in the Carnaval Saturday morning and I was leaving the Belas Artes Cinema's "Big Night". I'll comment the movies later. For now, just enjoy the view and if you want, the music below.

terça-feira, 29 de janeiro de 2008

Cartoon do The New Yorker

Vai uma balinha de menta pós-morte aí?

segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

Inférieur X Haut Culture

Este post pretende passar através de três programas de televisão, do melhor ao pior da cultura. Se assistimos só a coisas "cabeça", podemos nos tornar chatos. Se assistimos só a coisas "trash", ignorantes. Portanto, por que não assistimos a tudo?! Eu faço isso, sem preconceito!
Que graça teria se "Os Três Patetas" fossem como Woody Allen descreve sarcasticamente em seu livro "Fora de Órbita"?
"Calmamente e sem nenhum motivo aparente, o homem de cabelos escuros agarrou o nariz do careca com a mão direita e lentamente torceu-o num longo giro em sentido anti-horário. Um horrível som rangente rompeu o silêncio das Grandes Planícies. 'Nós sofremos', disse o homem de cabelos escuros. 'Ai de mim, como é aleatória a violência da existência humana.
Enquanto isso, Larry, o terceiro homem, havia entrado na casa e de algum modo conseguira enfiar e prender a cabeça dentro de uma jarra de barro. De repente tudo tornou-se aterrador e negro, enquanto Larry caminhava a apalpadeladas e às cegas pela sala. Ele se perguntava se havia um deus ou algum propósito na vida ou algum plano por trás do universo, quando subitamente o homem de cabelo escuro entrou e, achando um grande taco de pólo, começou a quebrar a jarra na cabeça do companheiro. Com a fúria reprimida que mascarava anos de angústia acerca do absurdo do vazio do destino humano, aquele a quem chamavam de Moe espatifou a peça de louça de argila. 'Pelo menos estamos livres para optar', lamentou-se Curry. E com isso Moe enfiou os dedos abertos nos dois olhos de Curry. 'Oooh, oooh, oooh', gemeu Curry, 'o cosmos é tão destituído de justiça'"
Mas voltando ao assunto de alta e baixa cultura, comecemos por cima. Esta semana estréia nos Estados Unidos a 4a temporada de LOST. Para quem não é fã mas assiste à série, lembremos como a 3a temporada terminou:

Previam-se 16 episódios seguidos para a nova temporada, mas a greve dos roteiristas permitiu apenas que 8 episódios (até o momento) fossem finalizados. Espera-se que a greve termine antes que os 8 episódios sejam transmitidos, mas mesmo assim, haverá um hiato entre o oitavo e nono episódios (caso os 8 últimos episódios sejam feitos).

Continuando na alta cultura, estréia hoje também nos Estados Unidos uma nova série da HBO, In Treatment. A premissa parece ser bem interessante: de segunda a quinta feira, um psiquiatra atende 4 de seus pacientes, um por dia. Na sexta-feira ele próprio é analisado por outro psiquiatra. Por ser uma série da HBO, espera-se muito, muito mesmo, principalmente depois do final da Família Soprano, série que muitos críticos consideram uma das melhores de todos os tempos. Parece que a série estará disponível na página da HBO para ser baixada, provavelmente com algum custo. Caso eu consiga baixar, deixarei um post por aqui com a minha avaliação. O vídeo abaixo é a chamada do canal para a série.

Mas como falei no começo do post, nem só de programas "cabeça" vive o ser humano. Ele também precisa de coisas para as quais a cabeça não é necessária, e para isso existe American Idol. O programa mais assistido da TV americana é o único programa que conheço em que o começo é melhor que o final. Você assiste e pensa: "eu não sou tão louco assim". E não é mesmo: você já vai entender o porquê! Finalizando o post, dou 3 motivos para assistir American Idol:

1) Paula Abdul dando uma de Paula Abdul

2) Isso:

3) E finalmente...isso:

Viu como você não é tão louco?!

domingo, 27 de janeiro de 2008

Não estou tão mal assim de palpites...

Não consegue ver a listinha de indicados aí em cima, não é? Calma...você não precisa ir ao oculista. Está pequena mesmo! E a não ser que você tenha uma visão além do alcance, segue a lista dos ganhadores do SAG Awards!

E que venha o Oscar!!!
No Cinema:

  • Melhor Ator: Daniel Day-Lewis, Sangue Negro
  • Melhor Atriz: Julie Christie, Longe Dela
  • Mehor Ator Codjuvante: Javier Bardem, Onde os Fracos Não Têm Vez.
  • Melhor Atriz Codjuvante: Ruby Dee, O Gângster
  • Melhor Elenco: Onde os Fracos Não Têm Vez

Na Televisão:

  • Melhor Ator em Telefilme ou Minissérie: Kevin Kline, As You Like It
  • Melhor Atriz em Telefilme ou Minissérie: Queen Latifah, Life Support.
  • Melhor Ator em Série Drama: James Gandolfini, Família Soprano.
  • Melhor Atriz em Série Drama: Edie Falco, Família Soprano.
  • Melhor Ator em Série Comédia: Alec Baldwin, 30 Rock
  • Melhor Atriz em Série Comédia: Tina Fey, 30 Rock
  • Melhor Elenco em Série Drama: Família Soprano.
  • Melhor Elenco em Série Comédia: The Office

Boa Semana!

SAG Awards

Hoje oficialmente começam as premições de cinema e televisão de Hollywood. Diferentemente do que aconteceu nos anos anteriores, onde o Globo de Ouro dava as boas vindas aos cinéfilos de plantão, este ano coube ao SAG Awards (Screen Actors Guild Awards - Prêmio do Sindicato dos Atores nos Estados Unidos) a honra de estrear o tapete vermelho.
Quem acompanha a Indústria do Cinema e da Televisão Americana já deve estar careca de saber da greve dos Roteiristas, cuja causa foi apoiada pelo Sindicato do Atores, o que levou ao cancelamento do Globo de Ouro. Não foi bem um cancelamento, mas que foi triste ver talvez a segunda maior premiação do cinema e televisão americanos sendo feita durante 40 minutos sem agradecimentos ou micos por parte dos premiados, isso foi!

E a que este post se propõe?

1) Mostrar os indicados, quem provavelmente irá ganhar (em larajana) e por quem este blogueiro torce (em azul), apesar de eu não ter visto todos os filmes. Quando os dois coincidirem, só haverá a cor laranja. Minhas apostas no SAG Awards não não necessariamente por eu ter visto o filme, uma vez que a grande maioria eu não vi, mas sim por críticas que li.

2) Pela primeira vez fazer um serviço de utilidade pública no blog. Deixe-me explicar: é na época do Oscar que pipocam (nunca esta palavra coube tão bem em um texto) na internet os concursos para quem acerta os ganhadores da premiação (eu já entrei em um de uma rede de cinemas este ano). Decidi então fazer uma comparação entre os ganhadores do SAG dos anos anteriores e do Oscar. Dessa forma, acredito que os leitores/cinéfilos/eu-não-pago-18-reais-em-cinema-nem-f****** possam melhorar as chances de ganhar um ano de cinema de graça. Eu, com ajuda do Blog Ilustrada no Cinema, já fiz minhas previsões. Só não aconselho que os leitores copiem minhas apostas mesmo porque se eu acertar todas, eu levo prêmio (ou não), uma vez que o critério de desempate é quem apostou primeiro.

First Things First: Indicados ao SAG Awards 2008

  1. Melhor Elenco em Filme: 3:10 to Yuma; O Gângster; Hairspray; Into the Wild; Onde os Fracos Não Têm Vez.
  2. Melhor Ator em Filme: George Clooney (MICHAEL CLAYTON); Daniel Day-Lewis (SANGUE NEGRO); Ryan Gosling (LARS AND THE REAL GIRL); Emile Hirsch (INTO THE WILD); Viggo Mortensen (EASTERN PROMISES).
  3. Melhor Atriz em Filme: Cate Blanchett (ELIZABETH: A ERA DE OURO); Julie Christie (AWAY FROM HER); Marion Cotillard (LA VIE EN ROSE); Angelina Jolie (A MIGHTY HEART); Ellen Page (JUNO)
  4. Melhor Ator Codjuvante em Filme: Casey Affleck (O ASSSASSINATO DE JESSE JAMES PELO COVARDE ROBERT FORD); Javier Bardem (ONDE OS FRACOS NÃO TÊM VEZ); Hal Holbrook (INTO THE WILD); Tommy Lee Jones (ONDE OS FRACOS NÃO TÊM VEZ); Tom Wilkinson (MICHAEL CLAYTON)
  5. Melhor Atriz Codjuvante em Filme: Cate Blanchett (I'M NOT THERE); Ruby Dee (O GÂNGSTER); Catherine Keener (INTO THE WILD); Amy Ryan (GONE BABY GONE); Tilda Swinton (MICHAEL CLAYTON).

Second things Now:

Comparação Oscar 2007 x SAG Awards 2007: 3/5

  1. Melhor Filme x Melhor Elenco: Os Infiltrados x Pequena Miss Sunshine
  2. Melhor Ator x Melhor Ator em Filme: Forrest Whitacker x Forrest Whitaker
  3. Melhor Atriz x Melhor Atriz em Filme: Hellen Mirren x Hellen Mirren
  4. Melhor Ator Codjuvante x Melhor Ator Codjuvante em Filme: Alan Arkin x Eddie Murphy
  5. Melhor Atriz Codjuvante x Melhor Atriz Codjuvante em Filme: Jennifer Hudson x Jennifer Hudson

Comparação Oscar 2006 x SAG Awards 2006: 4/5

  1. Melhor Filme x Melhor Elenco: Crash x Crash
  2. Melhor Ator x Melhor Ator em Filme: Philip Seymour Hoffman x Philip Seymour Hoffman
  3. Melhor Atriz x Melhor Atriz em Filme: Reese Witherspoon x Reese Witherspoon
  4. Melhor Ator Codjuvante x Melhor Ator Codjuvante em Filme: George Clooney x Paul Giamatti
  5. Melhor Atriz Codjuvante x Melhor Atriz Codjuvante em Filme: Rachel Weisz x Rachel Weisz

Comparação Oscar 2006 x SAG Awards 2005: 4/5

  1. Melhor Filme x Melhor Elenco: Menina de Ouro x Sideways - Entre Umas e Outras
  2. Melhor Ator x Melhor Ator em Filme: Jamie Foxx x Jamie Foxx
  3. Melhor Atriz x Melhor Atriz em Filme: Hilary Swank x Hilary Swank
  4. Melhor Ator Codjuvante x Melhor Ator Codjuvante em Filme: Morgan Freeman x Morgan Freeman
  5. Melhor Atriz Codjuvante x Melhor Atriz Codjuvante em Filme: Cate Blanchett x Cate Blanchett

Last Things Last:

Minhas apostas para o Oscar 2008 na competição da tal rede de cinema:

  • Filme: Onde os Fracos Não Têm Vez
  • Ator: Daniel Day-Lewis
  • Ator Codjuvante: Javier Bardem
  • Atriz: Julie Cristie
  • Atriz Codjuvante: Cate Blanchett
  • Diretor: Joel e Ethan Coen
  • Roteiro Original: Juno
  • Roteiro Adaptado: Onde os Fracos Não Têm Vez
  • Música Original: That's How You Know
  • Filme Estrangeiro: The Counterfeiters
  • Filme de Animação: Ratatouille
  • Fotografia: Desejo e Reparação
  • Figurino: Elizabeth: A Era de Ouro
  • Montagem: Sangue Negro
  • Maquiagem: Piratas do caribe - no Fim do Mundo
  • Efeitos Visuais: Transformers

E que em 2008 eu não pague R$ 18,00 no cinema!!!

sábado, 26 de janeiro de 2008

Overdose de cinema

Dois dias, três filmes (quase quatro): este é o saldo do meu feriadão. Pensando que a cidade iria estar vazia, fui três vezes ao cinema. Apenas não fui ver Signo da Cidade ontem (que estava R$1,00) porque as salas estavam lotadas, por razões óbvias. Mas devo deixar a modéstia de lado e falar: fiz excelentes escolhas.
A primeira delas foi quinta à noite: Desejo e Reparação (Atonement). Sendo bem sincero, não esperava muito do filme. Pensava que ia ser mais um dos filmes de época com aquela historinha com começo, meio e fim, quadradinha, bem feita, mas com nada a adicionar. Grata decepção! Digamos que é um filme de época contato com uma linguagem bem moderna. Em dois momentos a mesma cena é contada de dois pontos de vista diferentes. Para quem for assitir, reparem ainda na cena em que o personagem principal chega à praia. Acredito que a cena dura pelo menos uns 4 minutos sem nenhum corte. O final apesar de não chegar a ser imprevisível, é diferente do que se espera de um filme de época. A tal designação "filme de época" é deixada de lado nos minutos finais do filme, quando a tela fica escura e apenas se houve a voz de uma mulher dizendo: "Posso começar de novo?". Um ótimo final, para um bom filme.

O segundo filme era um a que eu queria assistir na Mostra de Cinema de São Paulo, mas não tive a oportunidade: Paranoid Park, de Gus Van Sant, o mesmo de Elefante. Apesar de não ter gostado muito desse filme, optei por dar uma segunda chance ao Gus. A conclusão que tiro do filme: ele é chato, mas bom...muito bom! O cinema que no começo tinha platéia de 5 pessoas, no final caiu para duas, onde eu estava incluso. O filme não tem nenhuma reviravolta mirabolante, não tem explosões ou qualquer outro tipo de pirotecnia. A cena mais "hollywoodiana" do filme é a da morte do policial. Tirando isso, o filme é chato...mas, novamente, bom...muito bom! As imagens oníricas do personagem principal no Parque Paranoid, que é um pista de skate, prendem a atenção. Não é um filme que te dá respostas: mas você sairá do cinema julgando o personagem principal (ou não).

Por último, e acredito que este tenha sido o melhor filme dos três, assisti a O Gângster. Dirigido por Ridley Scott, o filme ganha muito mais pelos personagens que pela história propriamente dita. Apesar do encontro dos dois atores principais Denzel Washington e Russel Crowe apenas acontecer nos minutos finais do filme, a cena em que Russel Crowe espera por Denzel Washington do lado de fora da igreja ao som de Amazing Grace vale os R$18,00 (como cinema está caro!). A única ressalva que eu tenho para o filme é: ele deveria ter acabado nesta cena. O resto foi meio que enrolação que poderia ter se transformado em texto como acontece em quase todos os filmes de reconstituição de fatos verídicos, gênero do qual este filme faz parte.

domingo, 20 de janeiro de 2008

Já que tem gente fazendo...

De volta, pessoal!

Voltando ao assunto do concurso Project: Direct do YouTube, algumas pessoas que participaram fizeram uns vídeos de agradecimento bem criativos. Enquanto o segundo "Not Dead...Yet" não sai, decidi fazer meu próprio vídeo de agradecimento. É este aí embaixo totalmente legendado. E embaixo do meu vídeo, tem o vídeo de agradecimento de outra pessoa que participou, mas este não tem legendas.
SINCE THERE ARE PEOPLE DOING IT...
Getting back to the Project:Direct contest subject, some people who have taken part on the contest are making some very creative "thank-you" videos. While the second part of "Not Dead...Yet" isn't releazed, I've decided to make my own "thank-you" video. It's the one right below, with portuguese subtitles. And below it, there's another thank-you video from a person who's also sent a video to the contest, but without portuguese subtitles.


Abraços a todos!

segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

Tirinha que "me fez lembrar de você"

Essa tirinha foi enviada já há algum tempo por uma amiga e, segundo ela, a fez lembrar de mim. Não entendi a piadinha.... Não sei de onde ela tirou, mas por favor, se o dono da tira aparecer por aqui, deixe um comentário para eu por os devidos e merecidos créditos.



Abraços a todos!!!


sábado, 5 de janeiro de 2008

E os melhores filmes de 2007 são...

Dedico este post aos melhores filmes que vi em 2007 no cinema. Como o preço está lá em cima, tive que ser muito criterioso para ir ao cinema este ano. Mas os poucos filmes que vi valeram a pena.

Segue então a lista em ordem decrescente dos melhores filmes que vi em 2007 (não necessariamente lançados em de 2007)


5. Pecados Íntimos (Little Children; de Todd Field; EUA; 2006)


4. Zodíaco (Zodiac; de David Fincher; EUA; 2007)


3. O Labirinto do Fauno ( El Laberinto del Fauno; de Guillermo del Toro; México/Espanha/EUA; 2006)

2. A Vida dos Outros (Das Leben der Anderen; de Florian Henckel von Donnersmarck; Alemanha; 2006)



1. Império dos Sonhos (Inland Empire; de David Lynch; EUA/Polônia/França; 2006)



Abraços a todos e um ótimo 2008!!!

A paixão que descobri em 2007

Primeiro post do ano e eu já começo escrevendo muito...ou melhor...digitanto muito, uma vez que o texto que segue abaixo foi escrito por Lee Gomes do The Wall Street Journal. Não vou colocar aqui o texto inteiro, uma vez que ele é "meio grandinho" mas a interessante idéia principal segue abaixo. Fala sobre como com a chegada das câmeras e filmadoras digitais, montar um filme ficou muito mais fácil. No final da reportagem, eu coloco o trailer do filme Adaptação, que além de estar na minha lista filmes favoritos, tem um dos trailers mais bem editados do cinema. Com a palavra, ou melhor, com o texto: Lee Gomes

"Filmadora, cabo USB, ação! Hora de editar seus vídeos

Se você tem adiado transformar aquelas fitas de vídeo ou rolos de filme num vídeo acabado para mostrar aos parentes e amigos, deve ser porque suspeita que isso vai lhe tomar muito mais tempo que gostaria.

(...) Mas editar um filme é uma das coisas mais gratificantes que você pode fazer num computador, por isso, será um tempo bem gasto.

Antes de fazer o primeiro corte, assista cuidadosamente todo o seu material, um trabalho tedioso mas crucial para a produção de um filme. Baseie-se na reação emocional da primeira vez que você assiste a um clipe - matenha registros mentais daquilo a que você está assistindo - porque vai acabar se acostumando até com as piores cenas depois de assisti-las diversas vezes, o que faz parte da edição.

Busque coisas curiosas, paisagens e histórias escondidas.(...)

Conhecer seu poder de fazer uma pessoa rir ou chorar simplesmente por alinhar uma seqüência correta de imagens é a grande sacada e o principal objetivo do projeto. Não tenha medo de mudar a seqüência dos fatos para chegar lá. E não se sinta na obrigação de incluir tudo. As melhores ilhas de edição são cheias de lixo espalhados pelo chão.

Quando mudar de um clipe para outro, escolha cortes e passagens simples,...

..., não assista ao seu filme apenas na tela do computador; veja também na televisão em que você pretende mostrá-lo. As diferenças podem ser grandes o bastante para ter de voltar para o computador para ajustes.

Enquanto você trabalha, note que está fazendo o mesmo que cineastas profissionais fazem, ao menos quando fazem documentários. E assim como os diretores que têm uma data para lançar o filme, você também terá de, em algum momento, parar de burlar sua cria e declarar 'feito'"